Ah, para isso eles são ases.
O presidente do STF, ministro Cezar Peluso, voltou a defender reajuste dos magistrados, mas disse que não é papel do Judiciário pressionar outro poder para aprovar uma proposta de seu interesse. Ao falar sobre o reajuste salarial de 14,7% dos ministros do Supremo, Peluso disse que o Judiciário não deve se meter no Legislativo, e vice-versa. O aumento depende de aprovação dos parlamentares.
"A proposta é de resíduos inflacionários. Nós não insistimos nada, nós não vamos ficar lá no Congresso insistindo: ´faça isso ou faça aquilo´, assim como a gente também não quer que ninguém, nem o Congresso nem ninguém, fique dizendo para nós: ´faça isso, faça assado´. Cada um cumpre sua função. O que o Supremo vai fazer é aguardar a decisão do Congresso Nacional" - disse.
Peluso também voltou a defender que juízes só tenham férias de um mês - atualmente, há dois períodos de descanso, de 30 dias cada: um no meio e outro no fim do ano.
"Eu, pessoalmente, até acho que os juízes trabalham muito e tal, mas hoje eu sei que não seria socialmente aceitável que os juízes, diferentemente da maioria dos cidadãos, tivessem 60 dias de férias" - afirmou o presidente do Supremo.
Peluso sugere, no entanto, que, além das férias de um mês, haja no período de Natal e réveillon um recesso, de cerca de 20 dias. Isso porque o sistema atual, no qual não há férias coletivas nas Varas Federais e cada juiz tira o mês que quiser para descansar, faz com que os advogados trabalhem ininterruptamente.
Mas para que essa realidade seja alterada, um senador precisará ressuscitar o tema, já que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tratava desse assunto na Comissão de Constituição e Justiça do Senado foi arquivada.
Quando a PEC tramitava no Senado, no ano passado, Peluso foi convidado a dar sua contribuição.
"Eu sugeri 30 dias de férias individuais para o juiz, e cada tribunal define a distribuição das férias dos juízes, mais um período de recesso que poderia ser de 20 dias, por exemplo do dia 20 de dezembro a 10 de janeiro. Um período entre o fim e o começo do ano, quando as coisas param na prática. Nesse período tem Natal, ano-novo, Dia de Reis, para mesmo tudo, é recesso. Nisso, os advogados podem parar, e os juízes vão aproveitar de alguma forma, porque também vão ter que parar" - argumentou o presidente do STF.
As informações são do jornal O Globo, em sua edição de hoje, em matéria assinada pela jornalista Catarina Alencastro.
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Xeretando, heim?
Ótimo. Seja sempre bem vindo e volte sempre, inclusive para ler o que respondi, aqui mesmo.