Os trabalhadores e patrões ganharam nesta quarta uma ferramenta muito útil: o salariômetro. O repórter Alan Severiano explica como funciona essa novidade.
Esta quarta foi a estreia de Rafael na busca pelo primeiro emprego. A empolgação com uma vaga de operador de telemarketing diminuiu quando descobriu quanto vai ganhar: R$ 510.
“Esse salário é para a faculdade. É um salário baixo, mas ajuda bastante”.
Quase todos os trabalhadores têm a mesma sensação quando o assunto é salário. “Satisfeita a gente nunca está, sempre falta um pouquinho, mas eu não posso me queixar”.
Os salários variam de acordo com número de anos de estudo, experiência, produtividade e com a famosa lei da oferta e da procura. O preço do trabalho é o mais importante da economia mas só agora essa informação ficou mais acessível no Brasil.
O site lançado nesta quarta pela Secretaria do Trabalho de São Paulo informa a média de salário dos últimos seis meses de mais de 2,5 mil ocupações em todo o país.
O serviço, que usa dados do Ministério do Trabalho sobre contratações com carteira assinada, expõe diferenças de remuneração de acordo com região, raça, idade e sexo.
Uma das curiosidades: apesar de serem maioria na função de recepcionista, as mulheres ganham menos: R$ 623 contra R$ 631 dos homens.
A profissão de mergulhador paga salários bem diferentes de acordo com a região. Na Bahia, a média é de R$ 1.009. No Rio de Janeiro, onde há muitas vagas para trabalhar nas plataformas de petróleo, eles recebem em média R$ 1.579.
Para o economista da USP, Helio Zylberstajn, que desenvolveu o salariômetro, ele é útil para trabalhadores e pequenas empresas. “Ele tende a reduzir os diferenciais que são causados por falta de informação”.
A copeira Maria já sabe o que fazer se descobrir que ganha menos do que a média. “Claro que eu vou reclamar”.
“Se eu descobrir que estou ganhando bem mais que a média, vou ficar quieta”.
0 comentários:
Postar um comentário
Xeretando, heim?
Ótimo. Seja sempre bem vindo e volte sempre, inclusive para ler o que respondi, aqui mesmo.