Em Guarulhos (SP), companhias aéreas faltaram a 52% das audiências deste ano, de 1º de janeiro até 14 de março. A Webjet é a mais ausente. As empresas têm ignorado os juizados especiais dos aeroportos de Guarulhos e Congonhas, criados para resolver, na hora, problemas causados aos passageiros.
Resultado: as reclamações se transformam em processo judicial - o que faz o juizado perder uma de suas funções: a de promover conciliação e, consequentemente, aliviar o Poder Judiciário.
Em Guarulhos, aeroporto mais movimentado do país, 52% das reclamações não são resolvidas por ausência das empresas. Em Congonhas, 34%. São queixas, em geral, por cancelamento de voo, atraso, falta de assistência e problemas com as bagagens.
A Webjet, proporcionalmente, é a mais ausente. A companhia - a quarta maior empresa do país em passageiros transportados - compareceu a menos de 1% das audiências.
Maiores aéreas do país, Gol e Tam já chegaram a faltar quando chamadas. As duas, no entanto, atendem à maioria das convocações. Da mesma forma, internacionais como TAP (Portugal), British Airways (Inglaterra), Iberia (Espanha), Delta (EUA) e Aerosur (Bolívia) também já se ausentaram.
Pelos registros de Guarulhos, a Webjet, sozinha, recebeu 149 queixas - 30% do total do juizado no período. A companhia fez somente dois acordos.
À Folha de SP, a empresa informou que "resolve reclamações diretamente no balcão". Segundo o jornal a Webjet usa o argumento de "falta de pessoal disponível para ir até o juizado". A empresa é controlada pela holding CVC.
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Xeretando, heim?
Ótimo. Seja sempre bem vindo e volte sempre, inclusive para ler o que respondi, aqui mesmo.