O romance é ocorrido há dois anos na Paraíba. A mulher chega inesperadamente em casa e encontra seu marido (de profissão marceneiro) na cama com uma rapariga; esta, lépida, bate em retirada.
O homem procura dar explicações - não aceitas pela esposa. Ela pega um revólver e engatilha. Suplicante, o marido negocia o iminente risco de morte por algum tipo de compensação, ou até castigo físico, a ser cumprido na oficina de trabalho, anexa ao lar.
Ela, então, prende o pênis dele numa morsa (*) em cima da bancada, aperta até o órgão ficar bem preso e retira a alavanca do torno para evitar que o genital se solte. Em seguida, ela vai ao armário de ferramentas e pega o serrote. O marido suplica para que "não me cortes o pinto!".
A mulher deixa a ferramenta ao alcance da mão do marido e com ar irônico responde:
- Não! Tu é que vais cortar. Eu só vou botar fogo na oficina e vai caber a ti encontrar a melhor solução...
A chegada do filho do casal interrompe a cena que se encaminhava para o desfecho trágico.
Uma semana depois, bate no foro a ação de separação litigiosa. O juiz - que era carioca, mas tinha recém ingressado na magistratura da comarca do interior da Paraíba - pergunta ao promotor sobre o folclore acerca da suposta masculinidade de mulheres dali.
O promotor, então, desfia conhecimentos. Relata que a história da Paraíba tem, entre seus nomes, Anayde Beiriz, cuja paixão serviu também como estopim para a Revolução de 1930, naquele Estado. Poetisa e professora, ela escandalizou a sociedade retrógrada dali com o seu vanguardismo: usava pintura, cabelos muito curtos, saía às ruas sozinha, fumava, não queria casar nem ter filhos, redigia versos que causavam impacto na intelectualidade paraibana e escrevia para os jornais.
Gostava de vestidos decotados. Teria tido um idílio com um homem casado, político de destaque. As mulheres da cidade, invejosas, espalharam que ela seria homossexual.
A imagem de Anayde só se tornou emblemática quando ela foi eleita como uma das personagens míticas da história do Brasil, pelo movimento feminista. Mas, até hoje, sua memória causa desconforto naquela região. Ficou conhecida como "paraíba masculina mulher macho sim senhor" - concluiu o promotor.
Folheando a ação de separação que tinha em mãos, o juiz fez a indefectível comparação:
- Mas esta aqui do processo, em pleno século 21, é que é a verdadeira mulher macho sim senhor!
O homem procura dar explicações - não aceitas pela esposa. Ela pega um revólver e engatilha. Suplicante, o marido negocia o iminente risco de morte por algum tipo de compensação, ou até castigo físico, a ser cumprido na oficina de trabalho, anexa ao lar.
Ela, então, prende o pênis dele numa morsa (*) em cima da bancada, aperta até o órgão ficar bem preso e retira a alavanca do torno para evitar que o genital se solte. Em seguida, ela vai ao armário de ferramentas e pega o serrote. O marido suplica para que "não me cortes o pinto!".
A mulher deixa a ferramenta ao alcance da mão do marido e com ar irônico responde:
- Não! Tu é que vais cortar. Eu só vou botar fogo na oficina e vai caber a ti encontrar a melhor solução...
A chegada do filho do casal interrompe a cena que se encaminhava para o desfecho trágico.
Uma semana depois, bate no foro a ação de separação litigiosa. O juiz - que era carioca, mas tinha recém ingressado na magistratura da comarca do interior da Paraíba - pergunta ao promotor sobre o folclore acerca da suposta masculinidade de mulheres dali.
O promotor, então, desfia conhecimentos. Relata que a história da Paraíba tem, entre seus nomes, Anayde Beiriz, cuja paixão serviu também como estopim para a Revolução de 1930, naquele Estado. Poetisa e professora, ela escandalizou a sociedade retrógrada dali com o seu vanguardismo: usava pintura, cabelos muito curtos, saía às ruas sozinha, fumava, não queria casar nem ter filhos, redigia versos que causavam impacto na intelectualidade paraibana e escrevia para os jornais.
Gostava de vestidos decotados. Teria tido um idílio com um homem casado, político de destaque. As mulheres da cidade, invejosas, espalharam que ela seria homossexual.
A imagem de Anayde só se tornou emblemática quando ela foi eleita como uma das personagens míticas da história do Brasil, pelo movimento feminista. Mas, até hoje, sua memória causa desconforto naquela região. Ficou conhecida como "paraíba masculina mulher macho sim senhor" - concluiu o promotor.
Folheando a ação de separação que tinha em mãos, o juiz fez a indefectível comparação:
- Mas esta aqui do processo, em pleno século 21, é que é a verdadeira mulher macho sim senhor!
By: E.V.
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Xeretando, heim?
Ótimo. Seja sempre bem vindo e volte sempre, inclusive para ler o que respondi, aqui mesmo.