O CNJ lançou na sexta-feira (29) programa para tentar entender a queda de imagem do Judiciário e, a partir de então, reconhecer as necessidades e estimular a magistratura brasileira.
Intitulada "Valorização - Juiz Valorizado, Justiça Completa", a iniciativa é coordenada pela Comissão de Eficiência Operacional e Gestão de Pessoas do CNJ, com o apoio da Associação dos Magistrados Brasileiros, Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho e Associação dos Juízes Federais do Brasil.
Mas o CNJ não precisa ir longe para localizar centenas de casos, fatos e retratos do caos nacional. Pode, por exemplo, começar fiscalizando a assiduidade de magistrados. Ou encontrar coisas bizarras.
Numa ida rotineira ao cartório da 15ª Vara Cível do Foro Central de Porto Alegre, na semana passada, um advogado constatou - e registrou em seu celular - uma cena que é um retrato do desleixo no não fiscalizado sistema cartorário judicial brasileiro.
Num ambiente insalubre, com dezenas ou centenas de processos à sua frente - para cumprir rotinas dentre as quais, talvez nem todas fossem suas - o servidor mal acomodado, usa os autos de três ou quatro volumosos processos para - ao lado do cesto de lixo - servirem de apoio (ortopédico? funcional? ergonômico?) ao seu pé esquerdo.
Algumas horas depois - talvez limpinhos, com gotículas de cheiroso álcool zelosamente espargidas sobre as surradas capas para eliminar bactérias trazidas pela sola do calçado - é possível que os autos fotografados tenham saído da posição de apoio dos pés, para engrossarem algumas das costumeiras pilhas.
Assim é a rotina. Assim vai se sabendo como, até nas coisas mais simples, o Judiciário vai mal.
Na falta de aparelhos ergonômicos como os mostrados abaixo, a solução é empilhar autos processuais rançosos e tacar-lhes o pé em cima.
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Xeretando, heim?
Ótimo. Seja sempre bem vindo e volte sempre, inclusive para ler o que respondi, aqui mesmo.