O Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina divulgou ontem (1º) as primeiras conclusões sobre a morte da menina encontrada morta dentro de um micro-ondas em São José, na Grande Florianópolis, em 13 setembro. Os peritos concluíram que Terezinha Aparecida dos Santos, de sete anos, cabia no aparelho doméstico, o que reforça a suspeita dos investigadores de que a morte teria sido um acidente.
O micro-ondas estava inutilizado para uso como eletrodoméstico e era usado pela criança e suas irmãs para brincadeiras em uma casa de bonecas.
O delegado Rodolfo Cabral aguardava o laudo pericial para finalizar o inquérito, que deve ser entregue à Justiça na próxima semana. Segundo ele, a perícia já indicou que a morte da criança foi uma fatalidade.
O micro-ondas obsoleto estava fora de uso. A polícia imagina que a menina tenha experimentado ver se cabia dentro do aparelho e a porta tenha se fechado. Como se sabe, as portas desses eletrodomésticos só podem ser abertas com o acionar de uma tecla existente pelo lado de fora.
Na ocasião, a criança estava desacompanhada das irmãs (tinham ido ao colégio) de outras amiguinhas - e brincava sozinha.
Segundo o laudo, não houve agressão física e o estudo social feito sobre a família e depoimentos de vizinhos apontaram para a hipótese de um acidente.
Como o corpo havia sido retirado do micro-ondas pelos familiares antes da chegada da equipe de peritos, a polícia precisou da comprovação técnica para confirmar que a menina caberia dentro do equipamento.
O delegado adiantou que não vai indiciar os pais da criança. O laudo pericial comprovou que o micro-ondas é um modelo antigo, com "um volume maior" do que os convencionais. A menina tinha 1m10 de altura e aparentemente fez um exercício de contorcionista para se acomodar.
As irmãs de Terezinha ainda devem ser ouvidas pela polícia, com a ajuda de psicólogos. Os peritos do IGP devem finalizar o laudo sobre o caso até a próxima quarta-feira.
Simulação com a participação de outra criança
Para descobrir se a menina caberia dentro do micro-ondas, peritos do Instituto de Criminalística fizeram três simulações. Na primeira, usaram um boneco que simula o corpo de uma criança, cedido pelo Corpo de Bombeiros.
Eles tentaram colocá-lo dentro de uma caixa, com as proporções do micro-ondas, mas a inexistência de articulações impediram a simulação.
Os especialistas também tentaram recriar a ação com um software de computação gráfica, sem sucesso.
A reprodução do acidente só foi possível com a participação de uma criança com o porte físico semelhante ao da vítima e uma caixa de papelão com as medidas do eletrodoméstico.
"Concluímos que a criança cabe dentro do aparelho e, dependendo da posição, poderia até ocupar apenas metade do volume do compartimento interno do micro-ondas" explica André Farias, gerente do Instituto de Criminalística. O laudo apontou a asfixia como causa da morte.
Como foi a tragédia
No dia da morte, Terezinha desapareceu às 10h. A mãe estava em lides de agricultura e só percebeu o sumiço quando chamou a menina para tomar banho, pouco antes da hora do almoço. Procurou na vizinhança e nada de informações.
O corpo foi encontrado por volta das 14h no micro-ondas que estava na casa de bonecas no pátio. A residência da família fica em um sítio no Morro do Alemão, Bairro Potecas, em São José.
By: E.V.
3 comentários:
Nossa isso que uma desgraça mesmo....fiquei com medo das coisas velhas que guardo em casa....
Oiêee, Carlos!
Obrigada pela visita. Vc andava sumido.
De fato, uma tragédia que a gente sequer tem coragem de se colocar no lugar dos pais. Muito triste.
Beijos
its really very good article. thanks for sharing this. its so helpful for us.
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Xeretando, heim?
Ótimo. Seja sempre bem vindo e volte sempre, inclusive para ler o que respondi, aqui mesmo.